O laudo da necropsia de Isabelly Carvalho Brezzolin, de 11 anos, indica que a menina morreu em decorrência de uma infecção generalizada (sepse) causada por complicações de uma pneumonia, segundo documento elaborado pelo médico-legista do Hospital Universitário de Santa Maria (Husm). A informação foi divulgada com exclusividade pela reportagem do Bei.
O documento também afasta qualquer indício de violência física ou sexual. “A morte ocorreu por complicações sépticas de pneumonia, sem nenhum sinal de trauma por violência sofrida e nenhum sinal de violência sexual”, descreve o perito responsável pela análise.
A reportagem tentou contato com o delegado Daniel Severo, que conduz a investigação do caso, para obter comentários sobre o resultado da perícia.
Entenda o caso
Isabelly foi levada à Santa Casa de São Gabriel na manhã do dia 7 de junho com sintomas clínicos graves. Devido ao quadro crítico, ela foi transferida ao Husm, em Santa Maria, onde faleceu na manhã seguinte, dia 8.
Em um primeiro momento, suspeitas de agressão e abuso sexual motivaram a prisão dos pais da menina — Elisa de Oliveira Carvalho, de 36 anos, e José Lindomar Nunes Brezzolin, de 55. Segundo relatos iniciais, a menina teria dado entrada no hospital com fraturas nas costelas, pulmão perfurado, hematomas pelo corpo e lesões nos órgãos genitais.
O casal alegou que Isabelly havia sofrido uma queda da cama, negando qualquer tipo de agressão. O resultado do exame necroscópico, no entanto, contradiz a hipótese de violência e reforça a versão de que a morte ocorreu por causas clínicas.
A Polícia Civil segue investigando o caso com base nas novas evidências apresentadas.