Em um movimento que reacende discussões sobre os riscos do ativismo corporativo no marketing, a Jaguar Land Rover decidiu encerrar sua parceria com a agência responsável por uma recente campanha publicitária duramente criticada pelo público e pela mídia especializada. A ação, acusada de adotar uma abordagem excessivamente “woke”, falhou em dialogar com a base de consumidores da marca, levando à sua retirada prematura e à reversão do reposicionamento planejado.
Lançada com o objetivo de aproximar a marca de pautas sociais contemporâneas e valores progressistas, a campanha foi mal recebida por boa parte do público-alvo — tradicionalmente formado por consumidores de alto poder aquisitivo que valorizam discrição, sofisticação e tradição. A desconexão entre a mensagem proposta e o perfil do consumidor gerou críticas contundentes.
Fontes próximas à Jaguar Land Rover confirmaram que a empresa já iniciou o processo de seleção de uma nova agência de publicidade. A estratégia de comunicação da marca será reformulada com foco nos atributos que historicamente definem sua identidade: luxo, performance, tradição e exclusividade.
O episódio acende um alerta no setor sobre os limites e os riscos da incorporação de discursos sociais em estratégias de branding. Especialistas ressaltam a importância de compreender o público consumidor antes de alinhar marcas a causas ou movimentos que, apesar de em alta nas redes sociais, podem não ressoar com a audiência real e fiel de determinadas empresas.
A Jaguar Land Rover, ao retomar sua comunicação tradicional, busca preservar a solidez de sua imagem em um mercado altamente competitivo — onde autenticidade e coerência ainda são palavras-chave.