O ex-presidente Fernando Collor de Mello passou a cumprir prisão domiciliar em um apartamento de cobertura avaliado em R$ 9 milhões, localizado em uma das áreas mais nobres de Maceió, com vista para a praia de Ponta Verde. A medida foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após Collor permanecer preso por poucos dias no Presídio Baldomero Cavalcanti de Oliveira.
Condenado na Operação Lava Jato a oito anos e dez meses de prisão, Collor teve a mudança de regime justificada por sua idade avançada e problemas de saúde. Segundo Moraes, a concessão da prisão domiciliar humanitária é válida diante da necessidade de tratamento médico específico.
A cobertura onde o ex-presidente cumpre pena possui quase 600 metros quadrados, com cinco quartos, piscina, bar interno e cinco vagas de garagem, conforme avaliação judicial citada pelo portal UOL. O imóvel, porém, está sob penhora judicial desde outubro de 2023, como parte de uma ação trabalhista de R$ 264 mil movida por um ex-funcionário de uma das empresas da qual Collor é sócio.
Mesmo em prisão domiciliar, Collor é obrigado a usar tornozeleira eletrônica e está autorizado a receber apenas familiares, profissionais de saúde e advogados.