Perícia aponta falha nos freios como causa do acidente com ônibus da UFSM

O Instituto-Geral de Perícias (IGP) concluiu que uma falha no sistema de freios, causada por desgaste excessivo em uma das rodas, foi a principal causa do acidente envolvendo um ônibus da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), ocorrido em 4 de abril, no município de Imigrante (RS). A tragédia resultou na morte de sete estudantes e deixou 26 pessoas feridas, duas delas ainda hospitalizadas.

Segundo o laudo, a falha foi classificada como de “potencial catastrófico”, ou seja, com alto risco de provocar consequências graves. Ainda conforme o IGP, todos os equipamentos de segurança obrigatórios, como os cintos de segurança, estavam presentes no veículo.

Dois exames técnicos foram realizados
As conclusões se baseiam em dois exames: um laudo de local, que avaliou a dinâmica do acidente e os vestígios na rodovia, e uma perícia mecânica, que examinou as condições do ônibus. Os indícios encontrados no local, como ausência de marcas de frenagem eficaz e outros elementos, foram compatíveis com a falha identificada nos freios durante a análise do veículo.

Universidade aguarda notificação oficial
Procurada pelo Diário, a UFSM informou por meio de sua assessoria que não foi notificada oficialmente sobre o laudo e, por isso, não irá comentar o caso neste momento.

O acidente
O ônibus transportava 33 pessoas do curso técnico de Paisagismo do Colégio Politécnico da UFSM para uma visita técnica ao Cactário Horst, quando tombou em um declive de cerca de 100 metros. O inquérito policial que investiga o acidente segue sob responsabilidade da Polícia Civil, que continuará apurando as circunstâncias da tragédia.

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