A Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Juventude (Cece) da Câmara Municipal de Porto Alegre debateu, na última terça-feira (22), a atualização do Protocolo de Prevenção à Violência nas Escolas (Previne). A reunião, liderada pelo vereador Rafael Fleck (MDB), abordou o expressivo crescimento dos casos de violência escolar, que mais do que dobraram em 2023.
Marcos Rolim, coordenador do Previne, ressaltou que a violência nas escolas vai além do bullying, abrangendo crimes mais graves como ameaças de atentados e homicídios. Ele apontou a necessidade de reforçar as ações de inteligência policial e adotar programas educativos baseados em evidências científicas, além de ampliar o apoio psicossocial nas instituições de ensino.
A coordenadora Aline Brito, da Smed, explicou que as escolas possuem comissões próprias para mapear a violência na comunidade. Ela também destacou o programa ‘Acesso Mais Seguro’, que registra ameaças e casos de violência armada, e promove treinamentos para que os professores possam agir de forma preventiva.
O delegado Raul Souza Vier, da Deca, salientou que a comunicação entre escolas e polícia é essencial. Para isso, defendeu a criação de sistemas tecnológicos que facilitem denúncias e o treinamento de equipes para avaliar com precisão as ameaças, evitando tragédias futuras.
Os vereadores que compõem a Cece sugeriram agregar o Previne ao Cipave, para melhor atuação dos programas, além de uma nova formulação do Previne que identifique e especifique os tipos de violências para além do bullying, como em casos de racismo, homofobia e violência contra mulheres, entre outros.
Com a informação CMPA.