Ataque em Kiev deixa ao menos nove mortos e mais de 70 feridos em uma das maiores ofensivas russas do ano

Na madrugada desta quinta-feira (24), Kiev foi alvo de um dos mais intensos ataques desde meados de 2024, com ao menos nove mortos e mais de 70 feridos, segundo autoridades ucranianas. A ofensiva, que envolveu o disparo de cerca de 70 mísseis e 150 drones por forças russas, atingiu 13 locais da capital, incluindo prédios residenciais e estruturas civis essenciais. Equipes de resgate seguem atuando em áreas críticas como o distrito de Sviatoshyn, onde ainda há desaparecidos, inclusive crianças.

O ataque à capital fez parte de uma escalada militar mais ampla, que também atingiu outras oito regiões do país, entre elas Dnipro, Kharkiv e Zaporizhzhia. De acordo com a Força Aérea da Ucrânia, pelo menos cinco mísseis balísticos conseguiram ultrapassar o sistema de defesa, evidenciando a urgência por reforços militares. Em resposta, o presidente Volodymyr Zelensky antecipou o fim de sua viagem à África do Sul e prometeu acionar aliados internacionais para fortalecer a defesa aérea do país.

O episódio agrava um momento já sensível nas negociações de paz. Horas antes do ataque, o ex-presidente americano Donald Trump acusou Zelensky de inviabilizar soluções diplomáticas ao rejeitar propostas que incluíam o reconhecimento da anexação da Crimeia. A declaração foi rebatida por Zelensky, que reiterou a defesa da soberania ucraniana. Paralelamente, encontros multilaterais em Londres foram rebaixados, e uma nova rodada de conversas está prevista em Moscou entre representantes americanos e o presidente russo Vladimir Putin, sinalizando um impasse crescente no cenário geopolítico.

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