A Justiça de Cruz Alta condenou, na última quarta-feira (26), quatro pessoas envolvidas no assassinato e ocultação do corpo de Alexandre Didoné, ocorrido em 2013. O crime, segundo as investigações, foi planejado pela esposa de Didoné, Eliane Fátima da Silva Stein, com o auxílio de seu amante, Florinaldo da Silva Baptista Júnior, e dois outros comparsas, com o intuito de permitir que Eliane e Florinaldo vivessem juntos.
O julgamento, que durou dois dias, resultou em penas que variam de 10 a 23 anos de prisão em regime fechado. Os réus foram presos no próprio plenário do Fórum de Cruz Alta, após a sentença do juiz João Vitor Pomilio De Marchi.
Eliane, que foi identificada como a mentora do crime, recebeu a pena mais severa: 23 anos e 4 meses de prisão. O amante Florinaldo foi condenado a 12 anos e 2 meses de reclusão, com a pena reduzida em função da colaboração no localizando o corpo da vítima.
O executor do crime, segundo o Ministério Público, foi Marcos Roberto Fonseca, que recebeu uma pena de 18 anos. Já Marisa de Fátima Baptista Fonseca, irmã de Florinaldo e esposa de Marcos, foi sentenciada a 10 anos de prisão por apoiar a ação criminosa.
Os quatro réus foram condenados por homicídio qualificado, com as agravantes de motivo fútil, recompensa e dificuldade de defesa da vítima, além de ocultação de cadáver, uma vez que o corpo de Alexandre Didoné foi encontrado dois anos após o crime, enterrado sob uma ponte em Pejuçara.
O assassinato de Didoné ocorreu entre os dias 29 e 30 de agosto de 2013, quando ele foi dopado e morto com dois golpes de bastão na nuca. O corpo foi enterrado e, na época, Eliane alegou à polícia que o marido havia viajado para o Uruguai e nunca mais retornou.
A motivação do crime teria sido a venda de terras, em que Didoné estava prestes a receber um pagamento, e os acusados agiram por interesses financeiros.