Golpe e traição: dona de salão de beleza dos famosos enfrenta processo por dívidas milionárias

O salão de beleza Madamm Rio, localizado no Barrashopping, no Rio de Janeiro, e frequentado por diversas celebridades, enfrenta acusações de calote a fornecedores e atraso no pagamento de salários de funcionários. A empresa, que está no nome de Priscila Heidemann, está negativada no Serasa e acumula dívidas com prestadores de serviço, incluindo a marca de cosméticos L’Oréal Paris. Além disso, a dona também está sendo acusada de ter dado golpe em funcionários e sócios, que estão a chamando de “traidora”. Ex-funcionários relatam que estão sem receber desde dezembro de 2024 e denunciam intimidações por parte da administração. Nesta semana, as conta do salão de beleza e de Priscila nas redes sociais foram desativadas.

Diante das denúncias, uma página chamada “Me Paga Boneca” foi criada nas redes sociais para pressionar a empresária a quitar os débitos. Após a repercussão negativa, o salão se pronunciou, afirmando que está “em dia” com seus compromissos e acusando páginas anônimas de espalharem “desinformação” sobre a situação financeira da empresa. Contudo, diversos fornecedores e, principalmente, funcionários se mostraram indignados com a situação. Uma das biomédicas que foi funcionária do Madamm Rio afirmou que chegou a ficar um ano trabalhando com problemas em sua remuneração. Na última segunda-feira (10), funcionários se reuniram na frente do estabelecimento para cobrar os salários atrasados e a um tumulto acabou sendo registrado.

Além disso, o salão de beleza Madamm pode ter suas portas fechadas devido a uma ordem judicial de despejo. O estabelecimento, que já vinha sendo acusado de calote em funcionários e fornecedores, acumula uma dívida superior a R$ 4,8 milhões com a administradora do shopping, a Multiplan. Informações obtidas pelo Portal Leo Dias mostram que o processo tramita na 7ª Vara Cível da Regional da Barra da Tijuca, e a Justiça já havia autorizado o despejo em outubro de 2023, após tentativas frustradas de negociação.

O contrato de locação do espaço previa um aluguel mínimo de R$ 160 mil mensais ou 10% do faturamento bruto, mas os pagamentos deixaram de ser feitos entre março e junho de 2024, gerando um débito inicial de R$ 2 milhões. O empresário responsável pelo salão, Alejandro Augusto Zicky, chegou a negociar um acordo, comprometendo-se a pagar R$ 1,5 milhão em parcelas, mas não cumpriu os prazos. Mesmo após transferir R$ 400 mil de sua conta pessoal, seguiu inadimplente, levando a Multiplan a solicitar um despejo compulsório.

Segundo a ação, apesar de faturar valores expressivos, Alejandro não priorizou o pagamento da dívida, mantendo uma “posição confortável” e alegando que não recebeu notificações formais. A Multiplan destaca que o empresário viaja frequentemente, participa de retiros espirituais e evita contato, enquanto o shopping assume os prejuízos da inadimplência.

O espaço de beleza deveria ter sido fechado na última terça-feira (4), mas continua operando normalmente. A Justiça ainda não tomou uma decisão final sobre a intimação. Enquanto isso, a equipe jurídica da Multiplan reforça que tanto Alejandro quanto sua advogada estavam cientes da ação de despejo. Questionados sobre o caso, o empresário e sua equipe não se manifestaram, e a Multiplan também optou por não comentar o assunto.

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