Hugo Calderano conquistou neste domingo (25) uma medalha histórica para o esporte brasileiro. Aos 28 anos, o número 3 do ranking mundial tornou-se o primeiro atleta de fora da Ásia ou Europa a disputar uma final de Mundial de tênis de mesa, em Doha. Apesar da derrota para o vice-líder Wang Chuqin por 4 sets a 1 (12/10, 11/3, 4/11, 11/2 e 11/7), Calderano celebrou a inédita medalha de prata e consolidou seu nome entre os grandes da modalidade.
O brasileiro já havia feito história em abril, ao vencer a Copa do Mundo e se tornar o primeiro não asiático ou europeu a conquistar o torneio, com vitória sobre o então número 1 do mundo, Lin Shidong. Na campanha, Calderano também superou Wang Chuqin na semifinal, mas desta vez o chinês levou a melhor e manteve a hegemonia da China, que não perde um Mundial há 22 anos. Com o título, Wang se confirma como o principal nome da modalidade, após uma temporada marcada por altos e baixos, incluindo duas medalhas de ouro nas Olimpíadas de Paris.
A final em Doha foi marcada por momentos de equilíbrio, principalmente no primeiro set, quando Calderano chegou a ter triplo set point, mas não conseguiu fechar a parcial. O brasileiro reagiu no terceiro set, vencendo por 11/4, mas não resistiu à força e consistência do chinês, que fechou o jogo com autoridade. Mesmo com a derrota, Calderano superou sua melhor campanha anterior em Mundiais, quando havia parado nas quartas de final em 2021.
O Mundial de Tênis de Mesa é a segunda competição mais importante da modalidade, atrás apenas das Olimpíadas, reunindo 128 atletas nas chaves individuais e diversas duplas. A prata conquistada por Hugo Calderano reforça o protagonismo do brasileiro no cenário internacional e eleva o tênis de mesa do Brasil a um novo patamar, quebrando barreiras históricas e inspirando novas gerações.