Deputado propõe lei para multar quem simula atendimento com boneca reborn no SUS

As bonecas hiper-realistas conhecidas como bebês reborn, antes restritas a colecionadores e redes sociais, passaram a ser tema de debate político em assembleias legislativas e câmaras municipais, com foco em saúde pública e mental.

O caso mais recente envolve o PL 3.757/2025, apresentado pelo deputado estadual Cristiano Caporezzo (PL-MG), que propõe proibir o atendimento de bonecos em unidades públicas de saúde em Minas Gerais. O texto prevê multa de até dez vezes o custo do serviço mobilizado, com arrecadação revertida para o tratamento de pessoas com transtornos mentais. A proposta surgiu após uma mulher procurar atendimento com um reborn, alegando que o “bebê” estava com febre.

No Rio de Janeiro, o deputado Rodrigo Amorim (União) apresentou o PL 5357/2025, que propõe um programa de saúde mental para pessoas com vínculos emocionais com reborns. A iniciativa reconhece o uso terapêutico desses bonecos, mas alerta para o risco de relações patológicas.

Já no âmbito municipal, a Câmara do Rio de Janeiro aprovou o PL 1892/2023, que cria o “Dia da Cegonha Reborn”, em 4 de setembro, homenageando as artesãs que produzem os bonecos.

Os bebês reborn, feitos manualmente para parecerem recém-nascidos, são usados em contextos terapêuticos e recreativos, mas têm gerado polêmica sobre os limites entre afeto simbólico e realidade. Enquanto o Congresso Nacional ainda não se manifesta, o debate avança em nível local.

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