Responsável por garantir firmeza, elasticidade e hidratação à pele, o colágeno é uma proteína estrutural fundamental produzida naturalmente pelo organismo. Embora sua importância seja amplamente reconhecida, o uso indiscriminado de suplementos e cosméticos à base de colágeno tem crescido — muitas vezes sem o devido acompanhamento médico. Por isso, a Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção do Rio Grande do Sul (SBD-RS) faz um alerta: é essencial compreender o funcionamento dessa proteína antes de iniciar qualquer tratamento.
Segundo a dermatologista Dra. Renata Heck, o corpo começa a reduzir a produção de colágeno já a partir dos 25 anos, com uma queda de aproximadamente 1% ao ano. Com o passar do tempo, fatores como exposição solar sem proteção, poluição, tabagismo e alterações hormonais — especialmente durante a menopausa — agravam esse processo, favorecendo o aparecimento de rugas, flacidez e ressecamento da pele.
Para estimular a produção da proteína, há diferentes alternativas. Além de produtos tópicos com ativos como retinol e vitamina C, a medicina dermatológica oferece procedimentos como microagulhamento, lasers, radiofrequência, ultrassom microfocado e bioestimuladores injetáveis. A escolha da abordagem ideal depende das características de cada pele e deve ser feita com orientação profissional.
A alimentação equilibrada também exerce papel importante. Alimentos ricos em aminoácidos, como carnes magras, ovos e frutos do mar, são fundamentais para a síntese do colágeno. Já frutas com alto teor de vitamina C, como acerola, morango e kiwi, contribuem para a produção da proteína. Alimentos antioxidantes, como chá verde e uvas, ajudam a proteger o colágeno já existente.
A suplementação oral de colágeno, embora bastante popular, ainda gera debate na comunidade científica. “Os suplementos mais recomendados são os hidrolisados, na forma de peptídeos, pois têm melhor absorção. Mas os resultados variam de pessoa para pessoa e não são imediatos”, explica a Dra. Renata.
A SBD-RS reforça que o colágeno é, de fato, essencial para a saúde da pele, mas qualquer tratamento deve ser personalizado, baseado em evidências científicas e orientado por um dermatologista. Cuidados feitos de forma consciente são os mais eficazes — e seguros — no combate aos sinais do tempo.
*Com a informação SBDRS
