Servidor da Fepam é indiciado por racismo e posse de material infantil com apologia ao nazismo

A Polícia Civil de Santa Maria concluiu o inquérito que investigava um servidor da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), suspeito de fazer apologia ao nazismo durante uma transmissão online. O homem foi indiciado por racismo e também por armazenar material pornográfico envolvendo crianças e adolescentes. O caso foi encaminhado à Justiça nesta quarta-feira (16).

A investigação começou após uma denúncia formalizada pela Fepam, inicialmente em Porto Alegre. Contudo, como o suspeito reside em Santa Maria, o inquérito foi transferido para a Delegacia de Proteção ao Idoso e Combate à Intolerância (DPICOI) da cidade.

Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, foram localizados itens com simbologia nazista, como pingentes com suásticas, bonecos da Ku Klux Klan, máscara de gás e um capacete militar semelhante ao usado na Segunda Guerra Mundial. Além disso, celulares e um notebook foram apreendidos para análise.

O Instituto-Geral de Perícias (IGP) constatou, nos aparelhos, uma grande quantidade de imagens com conteúdo de apologia ao nazismo, ao holocausto e ao racismo, além de pesquisas relacionadas a gestos supremacistas brancos. Um dos laudos também apontou a presença de imagens relacionadas à pedofilia e buscas em sites suspeitos de pornografia infantojuvenil. O investigado não se pronunciou sobre esse conteúdo.

Diante do material reunido, o servidor foi indiciado por racismo e por posse de imagens pornográficas envolvendo menores (artigo 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente). O inquérito será parcialmente encaminhado à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) para apurar possíveis novos crimes.

A Fepam informou que instaurou um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) para avaliar a conduta do servidor. O prazo para conclusão do processo é de 60 dias. Paralelamente, o funcionário apresentou atestado médico e ficará afastado por 120 dias.

O episódio aconteceu em 2 de dezembro de 2024, durante um debate virtual transmitido a todos os servidores da Fepam. Ao final do evento, o servidor teria feito, por três vezes, um gesto associado ao supremacismo branco, conhecido como “white power”.

Com informações Diário SM

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