O sal de cozinha, um dos temperos mais presentes na alimentação diária, pode estar relacionado a um risco significativamente maior de desenvolver transtornos como ansiedade e depressão. Um estudo conduzido pela Universidade Médica de Xinjiang, na China, acompanhou mais de 400 mil pessoas ao longo de 12 anos e revelou que o hábito de adicionar sal extra aos alimentos está ligado a um aumento de até 37% nas chances de depressão e 27% no risco de ansiedade. Os resultados foram publicados na respeitada revista científica Journal of Affective Disorders.
Segundo os pesquisadores, o sal pode interferir na produção de neurotransmissores como a serotonina e a dopamina, conhecidos como os “hormônios do bem-estar”, além de estar associado ao envelhecimento biológico precoce — fatores que impactam diretamente a saúde mental. O estudo mostrou uma relação proporcional: quanto maior o uso de sal, maior o risco. Pessoas que sempre adicionam sal à mesa apresentaram os índices mais elevados de transtornos emocionais, enquanto aquelas que evitam o saleiro tiveram menor incidência desses quadros.
Como alternativa, especialistas sugerem reduzir o consumo de sal comum e optar por substitutos como cloreto de potássio ou sais “light”, que contêm menor teor de sódio. Além disso, temperos naturais como alho, limão, pimentas, cebola em pó e diferentes tipos de vinagre podem dar sabor aos alimentos sem comprometer a saúde. A recomendação é repensar o uso do sal não só para proteger o coração e os rins, mas também para cuidar do equilíbrio emocional.