Efeito Trump: Grandes empresas do Estados Unidos cortam políticas de diversidade e inclusão

Grandes empresas dos Estados Unidos, como PepsiCo, Microsoft, Walmart e outras, estão reduzindo ou abandonando suas iniciativas de diversidade, equidade e inclusão (DEI). A PepsiCo, dona de marcas como Gatorade, Lay’s e Pepsi, anunciou que não vai mais estabelecer metas para aumentar a representação de minorias em cargos de liderança ou entre seus fornecedores. O CEO Ramon Laguarta explicou que o foco agora será em engajamento dos funcionários e desenvolvimento de liderança, sem iniciativas específicas de DEI.

Essa tendência não se limita à PepsiCo. A State Street, empresa de gestão de investimentos conhecida pela estátua “Fearless Girl” em Nova York, que promovia a diversidade de gênero em lideranças corporativas, abandonou suas metas de diversidade para conselhos administrativos. O Goldman Sachs removeu uma seção sobre “diversidade e inclusão” de um relatório anual, citando “desenvolvimentos na lei dos EUA”. A Paramount, dona de marcas como a CBS e a MTV, também eliminou metas de diversidade em contratações e começou a retirar linguagem relacionada a DEI de seu site, citando ordens executivas anti-DEI do presidente Donald Trump. Além disso, o Bank of America substituiu a palavra “diversidade” por “talento” e “oportunidade” em seu relatório anual, enquanto a Disney mudou sua métrica de desempenho de “Diversidade & Inclusão” para “Estratégia de Talento”.

Essas mudanças ocorrem em um momento de pressão política e cultural contra programas de diversidade nos EUA. O presidente Donald Trump tem feito campanha contra iniciativas de DEI, levando empresas a revisarem suas estratégias. Enquanto isso, especialistas alertam que o afastamento dessas políticas pode impactar não apenas a imagem das empresas, mas também sua capacidade de inovar e atrair talentos em um mercado cada vez mais diversificado. O tema continua polarizado, refletindo as divisões políticas e sociais no país.

Fonte: Forbes