Coluna | Se você precisa gritar para ser ouvido, esse lugar não é para você

Muitos conflitos surgem de mal-entendidos, falta de clareza ou ausência de diálogo. Quando as pessoas se dispõem a ouvir e a expressar seus sentimentos, necessidades e expectativas de forma respeitosa, as chances de resolver problemas aumentam muito.

O segredo está em comunicar-se com empatia, sinceridade e respeito, sem medo de expor vulnerabilidades, mas também sem agressividade. Pratique mais a Comunicação Não Violenta (CNV). Essa abordagem ajuda a construir diálogos mais empáticos, respeitosos e eficazes. Aqui estão algumas dicas para aplicá-la no dia a dia:

1. Observe sem julgar

Em vez de fazer suposições ou críticas, descreva os fatos de maneira neutra.
✅ “Notei que você não respondeu meu e-mail sobre o projeto.”
❌ “Você sempre ignora minhas mensagens!”

2. Expresse seus sentimentos

Diga como determinada situação te faz sentir, sem acusar o outro.
✅ “Fiquei preocupado quando não recebi seu retorno.”
❌ “Você me desrespeitou ao não responder.”

3. Identifique suas necessidades

Explique o que está por trás do seu sentimento para que a outra pessoa compreenda sua perspectiva.
✅ “Preciso de respostas rápidas para conseguir cumprir o prazo.”
❌ “Você nunca colabora!”

4. Faça pedidos claros e realizáveis

Em vez de exigir ou impor, formule pedidos objetivos e respeitosos.
✅ “Você pode me responder até o fim do dia?”
❌ “Quero que você se importe mais comigo!”

5. Pratique a escuta ativa

Demonstre interesse genuíno pelo que o outro diz, sem interromper ou formular respostas enquanto a pessoa fala.

6. Evite generalizações e culpa

Palavras como “sempre”, “nunca” e “todo mundo” podem soar injustas e provocar reações defensivas.

7. Reforce o diálogo com empatia

Coloque-se no lugar do outro e tente compreender seu ponto de vista antes de responder.

A CNV não significa evitar conflitos, mas sim abordá-los de forma mais respeitosa e produtiva. Quando aplicada com sinceridade, pode transformar relações e resolver desentendimentos com mais leveza.

 

Texto: Marília Mariano

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