Explosão em câmara hiperbárica mata criança de cinco anos e deixa mãe ferida

Um trágico acidente ocorreu na manhã da última sexta-feira (31) no Oxford Center, um centro médico localizado em Troy, Michigan (EUA), quando uma explosão em uma câmara hiperbárica resultou na morte de uma criança de cinco anos e deixou sua mãe gravemente ferida. O incidente aconteceu por volta das 7h45, enquanto o menino e sua mãe estavam no interior do equipamento. A criança foi encontrada sem vida, e a mãe sofreu lesões graves nas mãos e nos braços.

O Oxford Center é conhecido por oferecer terapia hiperbárica, um tratamento que envolve a administração de oxigênio puro em um ambiente pressurizado. A técnica é comumente utilizada para tratar condições como doença descompressiva em mergulhadores e envenenamento por monóxido de carbono, mas também tem sido aplicada em casos não regulamentados pela FDA, como o tratamento de autismo, câncer, TDAH e doenças autoimunes. A terapia é controversa, especialmente quando utilizada para condições que não têm comprovação científica de eficácia.

De acordo com as autoridades locais, a mãe da criança recebeu atendimento médico imediato no local. Ben Hancock, chefe do departamento de polícia de Troy, afirmou que o incidente é “extremamente triste” e que a polícia está colaborando com as investigações para determinar as causas da explosão. Keith Young, oficial do Corpo de Bombeiros, explicou que o ambiente dentro das câmaras hiperbáricas, com alta concentração de oxigênio e pressão elevada, é altamente inflamável. “Qualquer faísca ou ignição pode resultar em uma explosão devastadora”, alertou Young.

O Oxford Center emitiu uma nota oficial lamentando a morte da criança e descrevendo o ocorrido como um “dia excepcionalmente difícil para todos”. Andrew Kistner, porta-voz do centro, afirmou que a instituição ainda não sabe o que causou o incêndio e que está cooperando integralmente com as investigações. “A segurança e o bem-estar das crianças que atendemos sempre foram nossa maior prioridade. Em mais de 15 anos de operação, nunca enfrentamos algo assim. Estamos em choque e aguardamos os resultados das investigações”, disse Kistner.

O centro já esteve envolvido em controvérsias anteriores. Em 2023, a ex-diretora Kimberly Coden foi processada por utilizar credenciais falsas para tratar crianças com autismo. Coden se declarou culpada de nove acusações, incluindo falsificação de documentos e prática de psicologia sem licença. O caso levantou questionamentos sobre a regulamentação de terapias alternativas em clínicas como o Oxford Center, que continuam a operar apesar das críticas.

As investigações sobre a explosão seguem em andamento.