Criminoso venezuelano tira tornozeleira eletrônica, deixa equipamento com sósia e foge do Brasil

O criminoso venezuelano Juan Gabriel Rivas Nunez, conhecido como “El negro Juancho”, fugiu da prisão domiciliar em Boa Vista (RR) após ter sua extradição autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Para enganar as autoridades, ele retirou a tornozeleira eletrônica e deixou um sósia em seu lugar, usando o mesmo equipamento. Juancho, que lidera operações ilegais de mineração, tráfico de armas e drogas na região de Las Claritas, na Venezuela, é considerado um dos principais chefes do crime organizado no país vizinho.

Aliado da facção Tren de Aragua, classificada como organização terrorista pelos Estados Unidos, Juancho atua como escolta armada para o transporte de drogas e armas entre Venezuela e Brasil. A facção tem conexões com o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho, fortalecendo sua atuação transnacional em países como Chile, Colômbia, Peru e Bolívia. Ele é procurado por crimes de contrabando e tráfico, além de responder a processo na Venezuela pela extração ilegal de ouro avaliada em US$ 6 milhões.

A fuga foi descoberta quando uma equipe de policiais penais foi até a casa de Juancho para trocar a tornozeleira eletrônica, após ele alegar, via advogados, que estava com Covid-19 e não poderia ir até a central de monitoramento. No local, encontraram um homem de máscara com as mesmas características físicas, mas depois perceberam que se tratava de um sósia. Ao retornarem à residência com reforço, os policiais constataram que a casa estava vazia.

Informações extraoficiais apontam que Juancho teria retornado ao seu reduto criminoso em Las Claritas, onde teria sido recebido com festa. Segundo O Globo, a Polícia Federal não comentou por que a extradição ainda não havia sido executada, afirmando apenas que “não compartilha informações dessa natureza”. Os advogados brasileiros do criminoso não responderam aos pedidos de esclarecimento.

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