O Exército do Brasil iniciou obras de adaptação em suas unidades para receber, pela primeira vez na história recente, mulheres alistadas voluntariamente. Com previsão de chegada em março de 2025, o contingente feminino será de 1.010 recrutas. Para isso, a instituição está investindo R$ 48 milhões na reforma de 45 unidades militares, distribuídas por 13 estados e o Distrito Federal.
Entre as mudanças previstas estão melhorias em vestiários, alojamentos e banheiros, que serão adequados para atender às necessidades das novas militares. A reestruturação integra um plano mais amplo, que prevê a continuidade do serviço militar feminino até 2028, caso seja necessário.
O atual efetivo feminino das Forças Armadas já soma cerca de 37 mil mulheres, o que representa aproximadamente 10% do total de militares. Historicamente, elas estão concentradas nas áreas de saúde, ensino e logística, com acesso limitado às funções combatentes por meio de concursos públicos.
A ampliação do quadro feminino por meio do alistamento representa uma mudança estrutural no Exército, que até então não realizava esse tipo de incorporação voluntária. A iniciativa visa não apenas aumentar a presença de mulheres, mas também garantir condições adequadas para sua atuação nas fileiras militares.