Eles se parecem tanto com bebês reais que, à primeira vista, podem enganar até os mais atentos. Os bebês reborn, bonecos hiper-realistas criados artesanalmente para imitar com impressionante fidelidade os traços de um recém-nascido, vêm ganhando cada vez mais destaque nas redes sociais — e na vida de muitas pessoas.
A tendência, que surgiu como um nicho nos Estados Unidos nos anos 1990, se espalhou pelo mundo e hoje desperta curiosidade, encanto e até estranhamento, inclusive no Brasil. Com detalhes minuciosos, como veias aparentes, pele manchada, cílios finíssimos e peso semelhante ao de um bebê verdadeiro, os reborns são considerados verdadeiras obras de arte. Os modelos mais sofisticados podem até simular batimentos cardíacos e sons de choro, graças a sistemas internos de som e movimento.
A criação de um bebê reborn começa com kits de vinil de silicone, vendidos desmontados. Em seguida, artistas especializados aplicam camadas de tinta, implantam os fios de cabelo um a um e montam cuidadosamente cada parte do corpo. O nome “reborn” — “renascido”, em inglês — se refere justamente ao processo de transformar um boneco comum em uma figura que parece viva.
Embora muitos adquiram esses bonecos por colecionismo ou apreço estético, os reborns também vêm ganhando espaço como ferramentas terapêuticas. São utilizados, por exemplo, para ajudar pessoas que enfrentam o luto gestacional, funcionando como um objeto de transição emocional. Além disso, têm mostrado efeitos positivos no tratamento de idosos com Alzheimer, e no acolhimento de pessoas com depressão ou ansiedade, promovendo conforto e conexão emocional.
Com tanta dedicação e técnica envolvidas, os preços variam bastante — podendo ultrapassar os R$ 10 mil, dependendo do nível de realismo e da assinatura do artista.