Homem foi preso em Goiás por vender mosquitos da dengue para fraudar atestados médicos

Um caso bizarro ocorrido em 2015 voltou a ganhar destaque nas redes sociais nos últimos dias. Em Jataí, Goiás, um homem identificado como M.Q foi preso em flagrante após ser acusado de vender mosquitos transmissores da dengue para trabalhadores que buscavam atestados médicos para afastamento prolongado. A prática insólita foi descoberta após uma denúncia anônima feita a um instituto de combate à dengue da cidade.

Na época, a polícia organizou uma operação e encontrou diversos focos de larvas do Aedes aegypti nos fundos da residência do suspeito, além de uma agenda com nomes de possíveis “clientes”. Dentro da casa, também foram encontrados panfletos educativos sobre a prevenção da doença. Segundo as investigações, o esquema consistia em infectar intencionalmente as pessoas para que obtivessem atestados médicos superiores a sete dias úteis.

M.Q foi preso enquanto descansava em casa e acabou confessando o esquema. Ele é investigado não apenas por crime contra a saúde pública, mas também por formação de quadrilha, já que, conforme a polícia, havia uma organização para manter o “comércio” de mosquitos funcionando no mesmo local. Os mosquitos eram criados em criadouros improvisados e depois transferidos para incubadoras até serem entregues aos compradores em potes descartáveis.

Especialistas ambientais afirmaram que a ação de M.Q pode ter contribuído para o aumento dos casos de dengue em Jataí na época. Se todas as acusações forem confirmadas, o suspeito poderá pegar até 18 anos de prisão. A história, redescoberta recentemente por internautas, viralizou nas redes sociais, chocando muitos pela criatividade — e irresponsabilidade — do crime.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.