Em decisão oficializada no boletim da Força, o Exército determinou a transferência do Batalhão de Operações Psicológicas de Goiânia para Brasília, removendo o comando dos “kids pretos”. A mudança ocorrerá a partir de janeiro de 2026, com supervisão direta do comandante-geral, Tomás Ribeiro Paiva, como parte do processo de reestruturação interna.
Segundo a determinação, o Centro de Comunicação Social do Exército deverá integrar as Operações Psicológicas à nova estratégia de comunicação militar e revisar seus manuais até maio. A previsão é que, até setembro, seja apresentada uma proposta para reconfigurar o efetivo que atuará na nova sede, consolidando o novo modelo de atuação.
A reformulação também atinge a área de inteligência, com o Centro de Inteligência do Exército assumindo o controle sobre operações sensíveis que eram realizadas de forma independente pelo Comando de Operações Especiais. Parte da estrutura de coleta de informações será desmobilizada para reforçar o controle hierárquico.
O movimento ocorre após a repercussão da participação de oficiais nas ações do 8 de janeiro. O tenente-coronel Guilherme Marques Almeida, ligado ao Batalhão de Operações Psicológicas, foi denunciado pela PGR por envolvimento em campanhas de desinformação via WhatsApp, com o objetivo de mobilizar manifestantes.
