Para a surpresa de ninguém, Lula está se movimentando com o objetivo das próximas eleições. Ao contrário do que ele mesmo havia publicado uma semana antes do pleito de 2022, na qual dizia que seria “presidente de um mandato só”, em um jantar realizado nesta semana entre aliados, o presidente afirmou sem ressalvas que irá disputar novamente à presidência no ano que vem.
Logo após assumir o terceiro mandato, Lula havia afirmado que só iria disputar um quarto se sua saúde assim permitisse. Esse discurso se replicou em diversos momentos posteriores. Contudo, agora, tudo isso aparenta estar mudando drasticamente, uma vez que questões de saúde sequer foram citadas neste jantar, realizado na casa do presidente da Câmara, Hugo Motta, na última quarta-feira (23).
É importante notar que esta afirmação não é nenhum pouco inopinada, pois, como já dissemos outras vezes aqui na coluna: na política, não se dá ponto sem nó. Lula está aproveitando do momento que a direita não possui nenhum consenso com relação ao seu candidato, uma vez que Jair Bolsonaro poderá não concorrer e outros nomes são vistos com reservas. No campo da esquerda, a situação é totalmente inversa, pois não se tem qualquer outro candidato de maior expressividade além do Lula. Mesmo com a baixa popularidade de seu governo atualmente, ainda assim, seria a melhor opção esquerdista.
Contudo, vale salientar que ainda há muito tempo antes da próxima eleição e muitas coisas podem mudar até lá. Tudo na política brasileira é volátil e o início dessa análise prova isso. Isto é: daqui a pouco pode ser que a conversa de Lula seja outra, por mais que o movimento, no momento, seja calculado.
