A cena teatral brasileira perdeu uma de suas mais importantes referências com a morte de Maria Helena Lopes, aos 90 anos, na quinta-feira (24) em Porto Alegre. Nascida em Pelotas, a artista trilhou uma trajetória que atravessou sete décadas, deixando marcas profundas como atriz, diretora e, especialmente, como mestra formadora de gerações no Departamento de Arte Dramática da UFRGS (1967-1994).
Sua maior contribuição foi a criação do Grupo Tear nos anos 1980, coletivo que revolucionou o teatro de criação no Sul do Brasil com espetáculos aclamados como “Reis Vagabundos” e “O Império da Cobiça”. O Ministério da Cultura e a Funarte destacaram seu papel fundamental na cultura brasileira.
Após formação na prestigiada escola Lecoq em Paris (1978-1980), Maria Helena introduziu técnicas inovadoras no país, influenciando toda uma geração. Seu último trabalho como diretora foi “Impressões Transitórias” (1995), no Rio de Janeiro.
O velório acontece neste sábado (26), das 11h às 15h, no Cemitério Jardim da Paz. Em nota, o Departamento de Arte Dramática da UFRGS declarou: “Nossas condolências à família, nossa gratidão, homenagem e aplausos para nossa grande mestra”. Seu legado permanece vivo nos palcos e nas dezenas de artistas que formou.