O Partido da Renovação Democrática (PRD) anunciou nesta sexta-feira (25) o desligamento do ex-presidente Fernando Collor de Mello, após o Supremo Tribunal Federal (STF) determinar o início do cumprimento de sua pena em regime fechado. Collor foi condenado a oito anos e dez meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em um processo ligado à Operação Lava Jato.
Segundo o STF, o ex-senador recebeu ao menos R$ 20 milhões em propinas por meio de contratos fraudulentos entre a BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras, e a empreiteira UTC. A condenação resultou na suspensão automática dos direitos políticos de Collor, conforme previsto no artigo 15 da Constituição Federal, que também embasou o cancelamento de sua filiação partidária.
Em nota oficial, o PRD afirmou que só identificou a filiação de Collor após a ordem judicial e que a desfiliação ocorreu de forma imediata e legal. Collor havia se filiado ao então PTB, partido incorporado ao PRD neste ano, após decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nas eleições de 2022, ele disputou o governo de Alagoas e ficou em terceiro lugar, com 14,71% dos votos válidos.