Coluna | Assalto em Caxias do Sul foi ação ousada com marca de facção

Grave e preocupante o assalto a um carro-forte no Aeroporto Hugo Cantergiani, em Caxias do Sul, na quarta-feira (19). Em primeiro lugar, pela morte de um policial militar que, exercendo sua função, tentava impedir o roubo. Um triste fato para toda a sociedade.

Os criminosos certamente se aproveitaram da situação vivida no Estado por conta das enchentes para tentar o roubo. Até porque, com o fechamento temporário do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, o aeroporto de Caxias do Sul está bem mais movimentado e por ele estão passando quantias maiores de dinheiro e de outros bens.

Preocupante também foi a organização do grupo responsável pelo assalto. Existe a suspeita de que a maior e mais bem organizada facção do país, o PCC, esteja por trás. Mesmo não tendo base no Rio Grande do Sul, este grupo criminoso já tentou outra ação ousada por aqui, quando, em 2006, cavava um túnel entre os prédios da Caixa econômica Federal e do Banrisul, no Centro de Porto Alegre. Daquela vez, acabaram impedidos pela Polícia Federal.

Sem dúvidas, as autoridades da segurança pública devem estar atentas, com o setor de inteligência procurando se antecipar a possíveis novas ações. Minha solidariedade aos familiares, colegas e amigos do segundo sargento da Brigada Militar Fabiano Oliveira, que morreu em um confronto com criminosos.

Renato Dornelles

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